quarta-feira, 20 de julho de 2011

As cocadas

Eu devia ter nesse tempo dez anos. Era menina prestimosa e trabalhadeira à moda do tempo. Tinha ajudado a fazer aquela cocada. Tinha areado o tacho de cobre e ralado o coco. Acompanhei rente à fornalha todo o serviço, desde a escumação da calda até a apuração do ponto. Vi quando foi batida e estendida na tábua, vi quando foi cortada em losangos. Saiu uma cocada morena, de ponto brando atravessada de paus de canela cheirosa. O coco era gordo, carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minha prima me deu duas cocadas e guardou tudo mais numa terrina grande, funda e de tampa pesada. Botou no alto da prateleira. Duas cocadas só... Eu esperava quatro e comeria de uma assentada oito, dez, mesmo. Dias seguidos namorei aquela terrina, inacessível. De noite, sonhava com as cocadas. De dia as cocadas dançavam pequenas piruetas na minha frente. Sempre eu estava por ali perto, ajudando nas quitandas, esperando, aguando e de olho na terrina. Batia os ovos, segurava gamela, untava as formas, arrumava nas assadeiras, entregava na boca do forno e socava cascas no pesado
almofariz de bronze. Estávamos nessa lida e minha prima precisou de uma vasilha para bater um pão-de-ló. Tudo ocupado. Entrou na copa e desceu a terrina, botou em cima da mesa, deslembrada do seu conteúdo. Levantou a tampa e só fez: Hiiii... Apanhou um papel pardo sujo, estendeu no chão, no canto da varanda e despejou de uma vez a terrina. As cocadas moreninhas, de ponto brando, atravessadas aqui e ali de paus de canela e feitas de coco leitoso e carnudo guardadas ainda mornas e esquecidas, tinham se recoberto de uma penugem cinzenta, macia e aveludada de bolor.
Aí minha prima chamou o cachorro: Trovador... Trovador... e veio o Trovador, um perdigueiro de meu tio, lerdo, preguiçoso, nutrido, abanando a cauda. Farejou os doces sem interesse e passou a lamber, assim de lado, com o maior pouco caso.
Eu olhando com uma vontade louca de avançar nas cocadas. Até hoje, quando me lembro disso, sinto dentro de mim uma revolta – má e dolorida - de não ter enfrentado decidida, resoluta, malcriada e cínica, aqueles adultos negligentes e partilhado das cocadas bolorentas com o cachorro.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Verbo Haver

Os verbos haver e existir  podem ser usados  como sinômos.Na linguagem formal,porem,possuem empregos diferentes. As orações com o verbo existir sempre se constroem  com sujeito:


Existe              um proposta para a educação?
(verbo singular)       (sujeito singular)


Existem       Verbas para a educação?
(verbo plural)     (sujeito plural) 




O verbo haver,com sentido de existir, não apresenta  sujeito.mantendo-se  sempre na 3.ª pessoa do singular.


uma proposta para a educação?
3.ª pessoa do singular


verbas para a educação?
3.ª pessoa do singular 


Na linguagem coloquial, é corrente  o uso doo verbo ter com sentido de haver.Por  exemplo: Tem  muita gente nesta sala.{No lugar de "Há  muita gente nesta sala".}

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Memória :*

A memória é a capacidade de adquirir (aquisição), armazenar (consolidação) e recuperar (evocar) informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória biológica), seja externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial).
A memória focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade. É um processo que conecta pedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas idéias, ajudando a tomar decisões diárias.
Os neurocientistas (psiquiatras, psicólogos e neurologistas) distinguem memória declarativamemória não-declarativa. A memória declarativa, grosso modo, armazena o saber quecomo isto se deu. de algo se deu, e a memória não-declarativa o
A memória declarativa, como o nome sugere, é aquela que pode ser declarada (fatos, nomes, acontecimentos, etc.) e é mais facilmente adquirida, mas também mais rapidamente esquecida. Para abranger os outros animais (que não falam e logo não declaram, mas obviamente lembram), essa memória também é chamada explícita. Memórias explicitas chegam ao nível consciente. Esse sistema de memória está associado com estruturas no lobo temporal medial (ex: hipocampo, amígdala).

terça-feira, 26 de abril de 2011

Aos meus cinco anos

         Esse foi um dos dias mais loucos da minha vida,aos meus cinco anos de idade,eu tive minha primeira fratura.
         Logo após que levantei fui até o muro de minha casa e comecei a andar por cima do mesmo,derrepente me vi caindo caindo,quando cheguei ao chão comecei a berrar e chamar minha mãe e meu irmão,minha mãe chegou desesperada,me levou para dentro de casa e reparou que não teria fraturado nada.
         Logo depois que eu almocei fui até o quarto de minha mãe e comecei a assistir o desenho "dumbo",derrepente subu na janela e pulei,minha mãe chegou e me levou pára dentro de casa,e eu reclamava muito de dor mas minha mãe nem ligo pois alguma horas atrás ja avia caido, então após ter se passado dois dias,minha mãe decidiu me levar ao médico onde meu cotovelo estava fraturado, minha mãe levou um sermão do medico, agora se eu virar o pé minha mãe vai  correndo pro hospital.

quinta-feira, 17 de março de 2011

A melhor

 
     "Os momentos que passamos juntas vai ficar pra sempre,desigualdades,brincadeiras só a gente intende, pra que parar pra refletir se meu reflexo é você, aprendendo uma só vida compartilhando segredos"...

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Isso que é amizade!!

   Em um belo dia Pedro e Miguel estavam conversando pois os dois queriam novamente estudar em tão Pedro disse:
-Miguel você vai e eu fico aqui trabalhando para pagar seus estudos.então Pedro começou a trabalhar.
   Pedro foi trabalhar como ferramentero,dois longos anos se passaram e Miguel voltou da Italia e Pedro de tanto trabalhar ficou com suas mãos calejadas.
   Então miguel disse:agora é sua vez amigo você.

sábado, 30 de outubro de 2010

Crônica!!

Crônica é um gênero literário produzido essencialmente para ser veiculado na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas páginas de um jornal. Quer dizer, ela é feita com uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o lêem. Dedicado: a professora Zorilda